Você sabia que um dos clássicos da gastronomia francesa - o steak tartare, ou simplesmente tartar, como também é chamado por aqui - possivelmente é um prato de origem alemã?

É isso mesmo. Seu nome faz referência aos tártaros, grupo étnico turcomano que atualmente vive principalmente na Crimeia e em algumas regiões da Rússia e da Turquia.

Na Idade Média, os tártaros costumavam fatiar a carne crua, depois a salgavam e a colocavam debaixo da sela de seus cavalos, para amaciar as fibras da carne e retirar o excesso de sangue. Na hora da refeição, eles removiam o sal, moíam a carne e comiam crua.

A atual receita do steak tartare, no entanto, está bem longe desse rústico modo de preparo, razão pela qual acredita-se, cada vez mais, que esse prato tenha sido criado na Alemanha, mais precisamente da cidade de Hamburgo, onde já era servida carne moída e crua acompanhada de cebolas e farelos de pão. Foi o chamado “steak de Hamburgo” que deu origem também ao hambúrguer, que depois se popularizou nos Estados Unidos.

Independentemente de sua verdadeira origem, o steak tartare acabou caindo nas graças (e no paladar) dos franceses, de onde se popularizou para países do mundo todo, fazendo bastante sucesso aqui no Brasil também.

O filé mignon é, sem dúvida, o corte de carne bovino mais indicado para você preparar o steak tartare, mas é possível usar também coxão mole ou patinho. E embora ele seja lembrado pelo seu formato circular, isso não é obrigatório, ok?

Confira aqui uma receita bem clássica.